quinta-feira, 11 de abril de 2013

Se consumido com cuidado, amendoim ajuda a prevenir doenças.

 
 
Em uma matéria postado no Uol hoje, foi abordado o cuidado que devemos ter ao consumir o amendoim, e este, sendo consumido da forma correta, trará muitos benefícios á saúde. 
 
Quando se fala em amendoim, a maioria das pessoas já pensa em algo saboroso, mas engordativo. Porém, esta primeira impressão é enganosa. Estudos recentes comprovam que, se ingerido com parcimônia, pode fazer muito bem à saúde. 
 
Além disso, o amendoim é uma excelente fonte de vitamina E, cujo papel antioxidante pode ser responsável pela diminuição no risco de desenvolvimento de Mal de Alzheimer." Nos Países Baixos, foi realizado um estudo com mais de 5000 adultos e, concomitantemente, foi realizado outro nos Estados Unidos, com 815 participantes. O resultado de ambos é que as pessoas que consumiram regularmente amendoins ou manteiga de amendoim apresentaram 67% menos riscos de desenvolvimento de Alzheimer", afirma. Mas o nutrólogo Paulo Henkin vê com ressalvas a pesquisa: "Não há trabalhos confiáveis que confirmem que a alimentação combata esta doença. Claro, há uma certa lógica cientifica que uma boa alimentação ajude, mas não com este impacto". (Thinsktock) 
 
 Pesquisa elaborada e apresentada pela nutricionista e fitoterapeuta Vanderli Marchiori durante o Congresso Paulista de Nutrição, no ano passado, trouxe resultados surpreendentes sobre os efeitos desta leguminosa brasileira no organismo humano. A nutricionista, que também é assessora técnica da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), baseou-se em estudos realizados pelas Universidades de Harvard e de Yale, nos EUA, que revelaram as propriedades funcionais do amendoim. Ela resalta que um dos problemas que o consumo do amendoim pode gerar, se for consumido em demasia, é causar diarreia, por causa de sua quantidade de fibras e gorduras, então, nada em excesso!  
 
Segundo a nutricionista Vanderli Marchiori, pesquisas mostram que os fitoesteróis do amendoim possuem efeito anticancerígeno, com atuação no organismo em diferentes frentes: inibindo a proliferação celular, estimulando a morte de tumores e modificando alguns dos hormônios que levam ao crescimento destes. Um estudo publicado no "The Journal of Nutrition", em 2008, revelou que um grupo de pessoas que consumiu amendoins diariamente apresentou 33% menos incidência de tumores.  
 
 O médico Paulo Henkin, Chefe do Serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles de Porto Alegre e membro da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) alerta para uma característica do amendoim que pode ser perigosa: " Diferente das castanhas e das amêndoas, que ficam sobre a terra, o amendoim fica embaixo da terra por um tempo e, nisso, pode adquirir mofo e desenvolver aflatoxina, que é uma substância cancerígena. Mesmo depois de torrado, é preciso cuidado".
Assim, ele frisa a importância de se prestar atenção em três aspectos: se o alimento foi produzido, conservado e transportado adequadamente. "Aqui temos o selo da Abicab nos produtos de boa procedência. Nos Estados Unidos, onde se consome muito amendoim, o controle é bem mais rígido". 
 
 
Benefícios à saúde

A nutricionista enfatiza que a composição do amendoim é rica em ácidos graxos insaturados, que são benéficos à saúde e fonte de proteína vegetal, fibra dietética, vitaminas, antioxidantes, minerais e fitoquímicos. "Por isso, o amendoim é grande aliado da nutrição humana", afirma. 

 Segundo ela, os estudos também mostraram que, quando consumido na quantidade certa (recomendam-se 30 g por dia, o equivalente a 142 calorias) e em lanches intermediários, o amendoim garante a saciedade por mais de duas horas: "Isso inibe a ingestão de lanches mais calóricos, ou seja, ele não engorda e ainda ajuda no processo de reeducação alimentar".
  
 
Gordura do bem
 Henkingre afirma que as oleaginosas como amendoim, nozes e castanhas são ricas em óleos mono e poli-insaturados: "Essas gorduras são formadas por ácidos graxos e, se forem consumidas adequadamente podem, sim, fazer bem".

 "Recomendamos que por volta de 30% da necessidade calórica diária seja de gorduras. Por exemplo, se você precisa de 2000 kcal diárias, 600 delas podem ser gorduras. Daí, o ideal é que as misture", ensina o especialista. Como exemplo ele cita: 10% monoinsaturadas (amendoim), 10% poli-insaturadas (queijo ou leite) e 10% saturadas (óleo de milho, castanhas).

 Mas por que as pessoas ainda veem o amendoim como algo engordativo? "Porque pensam numa porção de 100 gramas, por exemplo, que tem valor calórico alto. Elas precisam entender que a porção de consumo geral tem de 30 a 40 gramas, cozido ou torrado, com pouco ou nenhum sal. O que não acarreta ganhos de peso", ensina Marchiori.
 

Prevenindo doenças

Em relação à prevenção de doenças, os resultados apresentados pela pesquisa são ainda mais significativos. "Além de seu alto valor nutritivo, com perfil vitamínico invejável e grande quantidade de proteínas vegetais – de 25% a 30% de sua composição – o amendoim é rico também em fitoesteróis. Trata-se de um tipo de gordura com estrutura semelhante à do colesterol, mas que, ao contrário deste, tem origem vegetal e não é produzida pelo corpo", afirma a nutricionista.

 Entre as doenças que podem ser prevenidas estão as coronárias, o câncer, o diabetes e o mal de Alzheimer. Porém, é preciso alguns cuidados, como saber a procedência do produto e consumir cerca de 30 gramas por dia, pois, em excesso, o amendoim pode não só engordar como provocar diarreia. 
 
 A nutricionista Vanderli Marchiori diz que existem evidências, especialmente de estudos epidemiológicos, de que as oleaginosas apresentam forte efeito protetor contra as doenças cardiovasculares. "Dessa maneira, sugiro a inclusão diária das mesmas em dietas com funções preventivas na redução do risco cardiovascular", diz. Já o nutrólogo Paulo Henkin afirma que há muitos trabalhos correlacionando alimentação de qualidade com risco menor de doenças cardiovasculares: "O amendoim faz parte da lista de alimentos bons para o coração, sim. Porém, ele sozinho não faz diferença". (Thinkstock) 
 
 
 
 
 
 
 

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